Depois do tasco fechado novo tasco a abrir

Pessoal, iniciei um novo blog pelo que se quiserem passem por lá.


http://mabecoasolta.blogspot.com

beijos e abraços

Fechou o tasco

Já devia ter posto isto aqui em setembro mas... vai agora atrasado.

Fechou o tasco, voltei do Congo em Setembro. Se houver mais aventuras fora de portas criarei um novo blog.

Agradeço ao pessoal que cá passou e que escreveu tb e tenho pena de não ter escrito mais mas foi o que se arranjou.

Beijos e abraços

Ser ou não ser... Chamar-me ou não me chamar...

Mudei oficialmente de nome aqui no Congo. Chegou a minha carta de condução e chamo-me Carlos GUERRA em vez de Carlos Simões.

Como em português sobrenome é o último e em francês é o primeiro, quando leram a minha carta portuguesa para preencher a carta daqui fiquei automaticamente Carlos GUERRA.

Quem diria que seria tão fácil mudar de nome...?

bigodes e bigodes...

Resolvi cortar a barba. Não sei entretanto fazer uma experiência ou outra ;)

John Holmes style... ;)

Avô da Xana style... ;)

ténis

Pois nunca pensei eu que iria jogar este desporto.

Como aqui as coisas para fazer não abundam... consegui fazer-me sócio no exclusivíssimo clube de ténis de Brazzaville (também tem piscina, squash e badmington :)) ) para destressar e fazer desporto claro (embora acessório ;) )

Aqui na foto fardei-me a preceito. Já que tem que ser e tem...

Makoua

Estive a semana passada muito próximo da linha do equador no norte do país, em Makoua.
Parece que lá é que houve a epidemia do ébola em que morreu quase toda a gente.
A natureza é espectacular. Em compensação não há nada para fazer...

de volta a casa

Pois é pessoal, cheguei ontem de Portugal.

Não estive com toda a gente que queria, fica para daqui a 4 meses... :(
Quando dei por ela já cá estava outra vez... o tempo passa mesmo muito rápido.

Grande abraço e beijos para toda a gente com quem não estive!!!!

Como dormir de edredon em Brazzaville

Já andava para escrever isto há uns tempos.

Como o ar condicionado aqui não é de confiar ( ou é frio ou é frio basicamente, não há cá 25 ou 26 ou 24, parece tudo a mesma coisa) e como alguns dias que está menos calor, de vez em quando tinha frio à noite.

Como já ando habituado a este tempo (imagino quando chegar aí...) e desde que cheguei que tenho um edredon a olhar para mim resolvi experimentar:

Ponho o ar entre nos 19 20 e consigo dormir (com um pouco de calor mas não há milagres) de edredon.

Nunca digas nunca... eheheheheh

Sítio do Armando

Outro post com uma semana de atraso...

O Armando é um português que está cá há 30 anos sensivelmente... Passou pelas guerras todas nos anos 80 e 90 (se não estou em erro) aqui... E tem um sítio no meio do mato, mesmo no meio do mato aonde o Judas perdeu as botas.
O caminho para lá é a bater com a cabeça em tudo o que é sítio no interior do carro mas, como ele diz, se não fosse assim, não seria o paraíso que é - e é realmente.

Foi uma malta grande, fizemos uma descida do riacho que lá passa, nadar debaixo de água, ver uns insectos diferentes e GRANDES (não ponho fotos por causa das mentes mais impressionáveis EHEHEHEHEH) e comer a feijoada da festa do dia anterior (mais apurada, bem melhor ;))

descida de rio: eu e a Sónia, portuguesa também, trabalha na embaixada do Brasil (os pais estão cá a trabalhar há alguns anos.)



riacho: João ao fundo


Água limpíssima :)



descida do rio: pessoal da SGE-C ao fundo

Festa na embaixada do Brasil

De vez em quando até se faz alguma coisa por aqui. Foi no fds passado mas como estava sem net no estaleiro há mais de uma semana... posto agora, não está assim com tanto atraso (pelo menos para aqui ;))

Hastear da bandeira na embaixada do Brasil, seguido de feijoada mineira.

Foi interessante, (um sábado sem trabalhar a partir das 9 da manhã - YEAAAHHHHHH), comida farta e também bebida à descrição... e ainda conheci alguns portugueses.

Na foto: o João, eu e o André. O João é de Aveiro e é engenheiro civil e trabalha na SGE-C, uma construtora francesa (o mundo dá muitas voltas e às vezes é pequeno...), o André é brasileiro (o mundo também é muito grande :)) e trabalha comigo na AG.

Interessante comentar também a festa que os guardas lá de casa fizeram quando me viram a sair de casa mais arranjado... Como se fosse... sei lá. É uma mentalidade mais pura digamos assim. Outra realidade certamente...

só a língua e a história.... e eu.

Não resisto a pôr estas lembranças. A única coisa que têm em comum com o Congo sou eu, a língua e a história dos dois países.

2 fotos de 2004, da digressão da tuist a França. Traz recordações... Belos dias que passámos.




em Paris com o magister...

E em Orlean (se não me engano) com os nosso nomes no toldo, petit e marmita ;)...

8 mm...

É engraçado como há expressões que definem muito bem quantidades.

Estava a discutir a intensidade de uma chuva, que o pluviómetro tinha registado 8 mm. Parecia pouco para a chuva que foi. E sai uma das expressões mais brutais que ouvi nos últimos tempos.

O Júlio (com quem eu falava) diz:

"8mm de chuva você bebe de ressaca."

Não me parece que exista definição mais cabal que esta para pequena quantidade.
Claro que quem não bebe não vai perceber mas... não se pode ter tudo. Haverão sempre minorias e maiorias. Mas esta exactidão é incontornável, quem não percebeu que se enfrasque...

Simplesmente brutal...

topografia

Depois de um dia a fazer um levantamento topográfico (foi assim que ganhei o bronze que tenho agora...), a catana ganhou um sentido totalmente novo para mim. Indispensável... Se não fosse ela não tinhamos ido a lado nenhum.

animais de estimação

Já andava há uns tempos para comentar este assunto. Aqui não se vêm cães nem gatos. É raro. Cães já vi alguns mas gatos o primeiro que vi foi esta sexta passada.

Aonde andam eles?

 

 

tunning II

No domingo vi o interior de um automóvel único. Só o peluche do retrovisor chegava à manete das mudanças.
Cd's colados no vidro, flores de plástico coladas no vidro (tecto de abrir inclusivé).

O taxista não me queria deixar tirar foto do interior. Fiz-lhe um elogio, disse-lhe que nunca tinha visto o interior de um automóvel tão único como o dele (o que é verdade). Riu-se, ficou com um sorriso de orelha a orelha, muito orgulhoso do seu gosto automóvel e lá me deixou tirar uma foto.

Tive sorte, por momentos pensei que iria partilhar apenas por palavras aqueles interiores.

Pena é que a foto não transmita todo o esplendor daquele templo da decoração interior automóvel...

pôr ou não pôr o cinto, eis a questão...

Aqui pôr o cinto de segurança não é obrigatório. Mas como europeu habituado que ainda estou, tenho posto sempre.

No sábado estava um bafo impressionante, um calor do cacete. Apanhei um táxi para ir para o clube de ténis. Tinha posto uma tshirt na mochila mais umas tralhas (podia ser que desse para jogar um volei).

Quando saio do táxi, olho para a camisa que tinha vestida e dei graças por ter uma tshirt na mochila.

Pôr ou não pôr o cinto já não é só uma questão de segurança mas também de apresentação. (como se pode ver na foto…)

terra molhada

Toda a gente me falava do cheiro da terra molhada, que é inesquecível etc, etc...
Já cá estou há 3 semanas mais ou menos e já choveu bastante. Mesmo bastante... Mas ainda não tinha sentido nada. E pensei que estivesse a perder uma sensação do cacete por estar com o nariz entupido. Ou isso ou era o único a chegar cá e a não sentir o tal odor...

Esta semana está cá um portuga a dar uma formação que nasceu em Angola. Hoje ele comentou comigo que aqui não se sentia esse cheiro. É que aqui a terra é negra, não é encarnada como por exemplo aonde ele morava em Angola.

Fiquei "feliz", afinal não estou a perder nada por estar entupido :) ...

sábado à noite

Dia 7 de Fevereiro tornou-se um dia memorável. Dia de aniversário (3 anos em greve de fumo) e uma noite muito interessante.

Começou por uma ida ao diplomat, um bar com música ao vivo (música congolesa cantada em “lingalá” – língua congolesa). A banda tinha de tudo, desde órgão, percussão, clarinete, sax… e 3 a 4 solistas.

Entre afinações de guitarra no meio da música (como se ninguém tivesse a tocar), músicas enoremes que parece que nunca mais acabam, paragens enormes entre músicas como se tivessem a ensaiar (ainda estava pouca gente) a desafinações entre as 3 ou 4 vozes (à parte das entradas cantavam afinados) vejo um gajo todo bem vestido a ir ao palco uma ou duas vezes. Blazer azul escuro assertoado com botões dourados, calça de vinco amarelo canário, chapéu em napa preta camisa azul clara e gravata da mesma cor - a emanar estilo por onde passava... E claro, sapato preto bem bicudo.

Normal pensei eu, caprichou na fatiota para sair…

O melhor chegou quando saí de lá. Fomos (eu e o Zé Luís – na foto) ao diplomat. O Diplomat tem 2 espaços, um bar com música ao vivo e uma disco.

Entramos, o barman diz-nos que estão a rodar um clip. Esperamos uns segundos e indica-nos uma mesa. Imaginem quem é o interprete…? Exacto, o gajo da fatiota…

Com um relógio bem grande, sentado no bar, com duas gajas ao lado (nenhuma delas deslumbrante…) com flutes de champanhe a fazer o seu playback, o normal. Depois take 2…

Penduram um lençol branco na parede e siga. Uma gaja de cada lado mais atrás a dançar e tá a gravar. Memorável...

Depois destes ex-libris, a noite continuou dentro do normal…

Sem dúvida a mais memorável até à data, espero que seja sempre a superar...

Inauguração do edifício de rádio televisão

Ontem foi a inauguração do edifício da rádio e televisão aqui em Brazzaville.
A cidade transfigurou-se.
Muita gente na rua com a tshirt com a foto do Presidente. Militares por todo lado (armados até aos dentes claro!).
Quase que tropecei num grupo - isto no meio do mato, a caminho de um emissário - com metralhadora pesada e lança granadas que estava a "defender a colina".
Até havia pessoal a caminho da inauguração a mandar vir connosco por estarmos a ir no sentido contrário...

bicicletas...

É muito mais fácil encontrar bicicletas deste género, de pedalar com as mãos, que as que estamos habituados desde novos… Porquê não sei.

 

 

tuning

Uma amostra do tunning congolês. Também já vi um que nos pára-choques tinha uma cortina feita de corrente.

Nascer do sol...

Antes de vir para cá toda a gente me falava do pôr do sol. Esse ainda não vi.

Fica uma recordação do nascer do sol hoje.

Aqui a malta para fazer publicidade ou para escrever o nome dos estabelecimentos etc não imprime nada. Pinta tudo. E fazem trabalhos com muita precisão e detalhe. Quando tiver oportunidade ponho uma foto melhor.

 

 

Inauguração da cozinha no estaleiro social

Fez-se uma cozinha para o pessoal lá no estaleiro social, uma pequena reportagem ilustrativa do pessoal expatriado.

Primeira...

Aqui as fotos são proíbidas por lei. Só uma licença "impossível" de obter no ministério da defesa (se não estou em erro). Pelo que o método de fotográfico será mais discreto :).

START

Acabei de chegar a um admirável mundo novo. Afinal esta terra é um paraíso do cacete.

Acabado de chegar aos edifícios novos dos anos 50? que os gajos chamam aeroporto, isto é do melhor, portas desencaixadas da parede que para fechar tem que ser a cadeado, 98% dos trolleys para as malas não têm rodas da frente (alguém as deve ter gamado) pelo que anda tudo a fazer cavalinho e a mostrar os seus dotes de radical.

Na chegada não me posso queixar que estava uma pessoa à nossa espera que nos fez passar pelos trâmites todos como uma águia a passar por um enxame de mosquitos (com o bónus de ter mandado um gajo apanhar as nossas malas).

As malas estavam demorando demais pelo que comecei a temer que a minha sorte era andar sem malas durante uma semana mas já vinha preparado para esse facto e trazia uma mochila com roupas para durar algum tempo… homem prevenido… não precisa de ir ao El Corte Brazzaville comprar roupas “actuais” (a julgar pela forma como os locais se vestem aqui…).

A fauna automóvel é linda, ainda vi pouca, mas táxis com luz interior roxa foi um bom aperitivo para o tuning que espero presenciar não tarda…

Na visita à obra deu para perceber que aqui o mundo é mesmo diferente. Muitos andam descalços e se lhes deres umas botas eles guardam e continuam a trabalhar descalços. As capas para a chuva não são para trabalhar são para vir para o trabalho. A chover não se trabalha aqui.

Os putos a ir para a escola andam todos com camisas de cor igual consoante o ano em que estão. A vida aqui começa cedo. Às 6 da matina já estava na obra a tomar o pequeno almoço e vi que a cidade começa a acordar por essa hora também.

Ao almoço primeira incursão na cozinha congolesa: arroz com feijão (a empresa mãe é brasileira…). Também nunca fui esquisito…